O problema é que o “El Niño” não é um fenômeno que passa rapidamente.
Porto Velho, RO - O fenômeno “El Niño” tem tornado a vida do rondoniense cada dia mais quente nos últimos meses. Foi dele a responsabilidade de imagens aterrorizantes em que rios gigantescos, como por exemplo o Rio Madeira, aparecem secos em diversos pontos de seu traçado, com enormes bancos de areia e uma anotação histórica: esta é a primeira vez em trinta anos que o “El Niño” provoca uma estiagem tão bruta que a Região Norte do Brasil.
Os principais rios em níveis baixíssimos ao ponto de dizimar cardumes de diversas espécies de peixes, causar fome em comunidades ribeirinhas e colocar em alerta máximo autoridades de diversos setores da sociedade sobre a estabilidade dos próximos meses.
Os órgãos de controle em relação ao assunto, como Instituto Nacional de Meteorologia, Centro Nacional de Monitoramento de Desastres e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - Censipam, dão conta de que Rondônia enfrenta os efeitos do “El Niño” desde 2022, porém com índices considerados aceitáveis.
O Coordenador Estadual da Defesa Civil do Estado de Rondônia, Coronel Tadeu Sanchez Pinheiro, que também participa deste monitoramento, relata que no ano passado, o aumento da temperatura variou entre um grau e um grau e meio, enquanto neste ano, a temperatura passou dos três graus. Sanchez faz um comparativo para que as pessoas tenham uma noção do tamanho do problema.
“Aparentemente, um ou dois graus parece pouco, mas não é. A temperatura do nosso corpo é de 36.5 graus, se ela aumenta um ou dois graus estaremos com quase 39 e aí começamos a passar mal. A situação é a mesma em relação aos oceanos”, contextualiza. O problema é que o “El Niño” não é um fenômeno que passa rapidamente.
A previsão é de que seus efeitos perdurem até 2024, e as expectativas não são nada boas. “Todos os sistemas de controle, tanto Europeu quanto Americano, todas as estimativas de cálculo dos órgãos competentes indicam que para o ano que vem há 95% de probabilidade de os efeitos do ‘El Niño’ serem iguais a como está ou mais severos”, pontuou o comandante da Defesa Civil de Rondônia.
Isso significa na prática que o rondoniense vai continuar passando muito calor, com sensações térmicas altíssimas e a possibilidade de chuva cada vez menor, afetando diretamente a vida das pessoas, uma vez que a produção agrícola deve ser comprometida, a navegação passa a ser afetada, dificultando o escoamento da produção e a logística de transporte para alguns produtos que entram em Rondônia.
Os efeitos práticos do “El Niño” não ficam restritos apenas ao calorão. Ele também gera chuva, mas muita chuva acima da média. Um exemplo é o que tem acontecido no Sul do país. O coordenador da Defesa Civil de Rondônia fez uma explicação didática para compreensão geral: “O ‘El Niño’ causa seca extrema na Região Norte e muita chuva no Sul. Quando enfrentamos os efeitos da ‘La Niña’ é o contrário: muita chuva no Norte e seca no Sul”, explica.
Para que o leitor tenha uma noção mais aprofundada do assunto, em linhas gerais tem-se estes dois fenômenos. Para continuar com o efeito comparativo do corpo humano, o ‘El niño’ é como se fosse a febre, ou seja: ele causa o aquecimento das águas do Oceano Pacífico na linha do Equador. Isso tem a ver com variação de ventos que influenciam diretamente a temperatura das águas.
Já quando a “El niña” se estabelece, há então a hipotermia, ou seja: o resfriamento excessivo das águas. A olho nu, ou a vista do cidadão comum, o que se tem é um volume muito grande de chuvas na Região Norte, causando inundações de diversos níveis, fato com o qual o nortista de um modo geral já está habituado. Em resumo, o “El niño” não faz você sentir calor além da conta. Ele também gera problemas sociais e ambientais que trarão diversos prejuízos.
Porto Velho, RO - O fenômeno “El Niño” tem tornado a vida do rondoniense cada dia mais quente nos últimos meses. Foi dele a responsabilidade de imagens aterrorizantes em que rios gigantescos, como por exemplo o Rio Madeira, aparecem secos em diversos pontos de seu traçado, com enormes bancos de areia e uma anotação histórica: esta é a primeira vez em trinta anos que o “El Niño” provoca uma estiagem tão bruta que a Região Norte do Brasil.
Os principais rios em níveis baixíssimos ao ponto de dizimar cardumes de diversas espécies de peixes, causar fome em comunidades ribeirinhas e colocar em alerta máximo autoridades de diversos setores da sociedade sobre a estabilidade dos próximos meses.
Os órgãos de controle em relação ao assunto, como Instituto Nacional de Meteorologia, Centro Nacional de Monitoramento de Desastres e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - Censipam, dão conta de que Rondônia enfrenta os efeitos do “El Niño” desde 2022, porém com índices considerados aceitáveis.
O Coordenador Estadual da Defesa Civil do Estado de Rondônia, Coronel Tadeu Sanchez Pinheiro, que também participa deste monitoramento, relata que no ano passado, o aumento da temperatura variou entre um grau e um grau e meio, enquanto neste ano, a temperatura passou dos três graus. Sanchez faz um comparativo para que as pessoas tenham uma noção do tamanho do problema.
“Aparentemente, um ou dois graus parece pouco, mas não é. A temperatura do nosso corpo é de 36.5 graus, se ela aumenta um ou dois graus estaremos com quase 39 e aí começamos a passar mal. A situação é a mesma em relação aos oceanos”, contextualiza. O problema é que o “El Niño” não é um fenômeno que passa rapidamente.
A previsão é de que seus efeitos perdurem até 2024, e as expectativas não são nada boas. “Todos os sistemas de controle, tanto Europeu quanto Americano, todas as estimativas de cálculo dos órgãos competentes indicam que para o ano que vem há 95% de probabilidade de os efeitos do ‘El Niño’ serem iguais a como está ou mais severos”, pontuou o comandante da Defesa Civil de Rondônia.
Isso significa na prática que o rondoniense vai continuar passando muito calor, com sensações térmicas altíssimas e a possibilidade de chuva cada vez menor, afetando diretamente a vida das pessoas, uma vez que a produção agrícola deve ser comprometida, a navegação passa a ser afetada, dificultando o escoamento da produção e a logística de transporte para alguns produtos que entram em Rondônia.
Os efeitos práticos do “El Niño” não ficam restritos apenas ao calorão. Ele também gera chuva, mas muita chuva acima da média. Um exemplo é o que tem acontecido no Sul do país. O coordenador da Defesa Civil de Rondônia fez uma explicação didática para compreensão geral: “O ‘El Niño’ causa seca extrema na Região Norte e muita chuva no Sul. Quando enfrentamos os efeitos da ‘La Niña’ é o contrário: muita chuva no Norte e seca no Sul”, explica.
Para que o leitor tenha uma noção mais aprofundada do assunto, em linhas gerais tem-se estes dois fenômenos. Para continuar com o efeito comparativo do corpo humano, o ‘El niño’ é como se fosse a febre, ou seja: ele causa o aquecimento das águas do Oceano Pacífico na linha do Equador. Isso tem a ver com variação de ventos que influenciam diretamente a temperatura das águas.
Já quando a “El niña” se estabelece, há então a hipotermia, ou seja: o resfriamento excessivo das águas. A olho nu, ou a vista do cidadão comum, o que se tem é um volume muito grande de chuvas na Região Norte, causando inundações de diversos níveis, fato com o qual o nortista de um modo geral já está habituado. Em resumo, o “El niño” não faz você sentir calor além da conta. Ele também gera problemas sociais e ambientais que trarão diversos prejuízos.
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