Investigação de 2017 mostrou como o traficante conduzia seus negócios no crime de dentro de um presídio em Rondônia. Irmã e ex-mulher também foram condenadas
Porto Velho, RO - O Tribunal Regional Federal de Rondônia condenou o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, por organização criminosa apontada nas investigações da "Operação Epístolas", de 2017.
Pelo crime, Beira-Mar foi condenado a mais 14 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão. Ele já tem 320 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
A "Operação Epístola", da Polícia Federal, mostrou que mesmo isolado em uma penitenciária de segurança máxima, em Rondônia, Beira-Mar continuava comandando o tráfico de drogas em 13 comunidades de Duque de Caxias, e ainda diversificou a sua atuação.
A PF descobriu que ele também passou a controlar a venda de gás, internet, caça-níqueis, cigarros e bebidas nas favelas de Caxias. As ordens nos negócios criminosos eram transmitidas por meio de recados, transmitidos a parentes durante visitas, ou por bilhetes repassados para um detento da cela ao lado.
Porto Velho, RO - O Tribunal Regional Federal de Rondônia condenou o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, por organização criminosa apontada nas investigações da "Operação Epístolas", de 2017.
Pelo crime, Beira-Mar foi condenado a mais 14 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão. Ele já tem 320 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
A "Operação Epístola", da Polícia Federal, mostrou que mesmo isolado em uma penitenciária de segurança máxima, em Rondônia, Beira-Mar continuava comandando o tráfico de drogas em 13 comunidades de Duque de Caxias, e ainda diversificou a sua atuação.
A PF descobriu que ele também passou a controlar a venda de gás, internet, caça-níqueis, cigarros e bebidas nas favelas de Caxias. As ordens nos negócios criminosos eram transmitidas por meio de recados, transmitidos a parentes durante visitas, ou por bilhetes repassados para um detento da cela ao lado.
Bilhetes apreendidos pela polícia durante a Operação Epístolas, que investiga a quadrilha de Fernandinho Beira Mar — Foto: PF RO/Divulgação
Por causa desses "recados", a Justiça Federal condenou seis filhos do traficante por atuarem na transmissão de recados e envolvimentos em outros crimes. São eles:
Luan Medeiros da Costa - Segundo a Justiça, atuou em todas as atividades da organização criminosa e tem amplo conhecimento dos negócios do escusos do pai. Ele teria se aproveitado das visitas na Penitenciária Federal de Porto Velho, para tratar de assuntos inerentes aos mais diversos crimes, especialmente tráfico interestadual e internacional de drogas. Condenado a 5 anos e 5 meses de reclusão em regime semiaberto.
Felipe Alexandre da Costa - As investigações mostraram que ele também atuava em todos os negócios de Beira-Mar. Já foi condenado por lavagem de dinheiro, em uma investigação em Curitiba. Condenado a 6 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão em regime fechado.
Taiuã Vinícius da Costa - A Justiça o apontou como um dos conselheiros da organização criminosa, com atuação no tráfico internacional de drogas e importante atuação na administração de bens de Fernandinho Beira-Mar. Condenado a 5 anos e 8 meses de reclusão em regime semiaberto.
Ryan Guilherme Lira da Costa - A investigação aponta que ele utilizava linguagem codificada para estabelecer comunicação com os integrantes do grupo criminoso com objetivo de dificultar ações policiais, e usava codinome, a fim de dificultar sua identificação. Aproveitou-se das visitas sociais para tratar de assuntos inerentes à prática de crimes. Condenado a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto.
Fernanda Isabel da Costa - A Justiça aponta que ela também visitva o pai para tratar de assuntos inerentes à prática de crimes. Os recados eram feitos com linguagem codificada para estabelecer comunicação com os integrantes do grupo criminoso e dificultar ações policiais e dificultar sua identificação. Aproveitou-se das visitas sociais . Condenada a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto.
Gabriela Figueiredo Ângelo da Costa - A Justiça apurou que Fernandinho Beira-Mar adotou Gabriela para que, como filha socioafetiva, tivesse direito à visitas, e assim levar e receber "bilhetes" com conteúdo criminoso, inclusive relacionados ao tráfico internacional de drogas. Ela também era responsável pela movimentação de valores/pagamentos, fiscalização de atividades relacionadas à digitação de bilhetes e recebimento e repasse de informações para diversos membros da organização criminosa. Condenada a 4 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão em regime semiaberto.
Por causa desses "recados", a Justiça Federal condenou seis filhos do traficante por atuarem na transmissão de recados e envolvimentos em outros crimes. São eles:
Luan Medeiros da Costa - Segundo a Justiça, atuou em todas as atividades da organização criminosa e tem amplo conhecimento dos negócios do escusos do pai. Ele teria se aproveitado das visitas na Penitenciária Federal de Porto Velho, para tratar de assuntos inerentes aos mais diversos crimes, especialmente tráfico interestadual e internacional de drogas. Condenado a 5 anos e 5 meses de reclusão em regime semiaberto.
Felipe Alexandre da Costa - As investigações mostraram que ele também atuava em todos os negócios de Beira-Mar. Já foi condenado por lavagem de dinheiro, em uma investigação em Curitiba. Condenado a 6 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão em regime fechado.
Taiuã Vinícius da Costa - A Justiça o apontou como um dos conselheiros da organização criminosa, com atuação no tráfico internacional de drogas e importante atuação na administração de bens de Fernandinho Beira-Mar. Condenado a 5 anos e 8 meses de reclusão em regime semiaberto.
Ryan Guilherme Lira da Costa - A investigação aponta que ele utilizava linguagem codificada para estabelecer comunicação com os integrantes do grupo criminoso com objetivo de dificultar ações policiais, e usava codinome, a fim de dificultar sua identificação. Aproveitou-se das visitas sociais para tratar de assuntos inerentes à prática de crimes. Condenado a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto.
Fernanda Isabel da Costa - A Justiça aponta que ela também visitva o pai para tratar de assuntos inerentes à prática de crimes. Os recados eram feitos com linguagem codificada para estabelecer comunicação com os integrantes do grupo criminoso e dificultar ações policiais e dificultar sua identificação. Aproveitou-se das visitas sociais . Condenada a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto.
Gabriela Figueiredo Ângelo da Costa - A Justiça apurou que Fernandinho Beira-Mar adotou Gabriela para que, como filha socioafetiva, tivesse direito à visitas, e assim levar e receber "bilhetes" com conteúdo criminoso, inclusive relacionados ao tráfico internacional de drogas. Ela também era responsável pela movimentação de valores/pagamentos, fiscalização de atividades relacionadas à digitação de bilhetes e recebimento e repasse de informações para diversos membros da organização criminosa. Condenada a 4 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão em regime semiaberto.
Bilhetes apreendidos pela polícia durante a Operação Epístolas, que investiga a quadrilha de Fernandinho Beira Mar — Foto: PF RO/Divulgação
Irmã e ex-mulher também foram condenadas
A irmã de Beira-Mar, Alessandra da Costa, que é advogada, também foi condenada por atuar na lavagem de dinheiro e, inclusive, segundo a Justiça, enriquecer com as transações ilícitas.
"A acusada, da família, é uma das que tem melhores condições financeiras, chegando a afirmar que 'o que desejava, seu irmão lhe dava', porque, segundo ela, ele é milionário", diz trecho da condenção.
Alessandra foi condenada a 7 anos e 4 meses de reclusão em regime semiaberto.
Já Jacqueline Moraes da Costa, ex-mulher de Beira-Mar, teve uma pena mais branda por ter feito acordo de colaboração com delação premiada. Assim, mesmo com condenações por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, Jacqueline foi condenada a 3 anos e 9 meses de reclusão em regime aberto.
Ao todo, 35 pessoas foram condenadas pelo Tribunal Regional Federal de Rondônia por conta da "Operação Epístolas". A condenção é em primeiro grau e cabe recurso.
Irmã e ex-mulher também foram condenadas
A irmã de Beira-Mar, Alessandra da Costa, que é advogada, também foi condenada por atuar na lavagem de dinheiro e, inclusive, segundo a Justiça, enriquecer com as transações ilícitas.
"A acusada, da família, é uma das que tem melhores condições financeiras, chegando a afirmar que 'o que desejava, seu irmão lhe dava', porque, segundo ela, ele é milionário", diz trecho da condenção.
Alessandra foi condenada a 7 anos e 4 meses de reclusão em regime semiaberto.
Já Jacqueline Moraes da Costa, ex-mulher de Beira-Mar, teve uma pena mais branda por ter feito acordo de colaboração com delação premiada. Assim, mesmo com condenações por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, Jacqueline foi condenada a 3 anos e 9 meses de reclusão em regime aberto.
Ao todo, 35 pessoas foram condenadas pelo Tribunal Regional Federal de Rondônia por conta da "Operação Epístolas". A condenção é em primeiro grau e cabe recurso.
Alessandra Costa (de branco) irmã de Fernandinho Beira-Mar — Foto: TV Globo
'Operação Epístolas'
Em maio de 2017, investigações da Polícia Federal apontaram que um esquema criminoso era mantido com a atuação de parentes de Fernandinho Beira-Mar.
Na época, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão em cinco estados e no Distrito Federal.
Em condenações, o traficante acumula penas que somam quase 320 anos de prisão em crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
Fonte: G1/RO
'Operação Epístolas'
Em maio de 2017, investigações da Polícia Federal apontaram que um esquema criminoso era mantido com a atuação de parentes de Fernandinho Beira-Mar.
Na época, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão em cinco estados e no Distrito Federal.
Em condenações, o traficante acumula penas que somam quase 320 anos de prisão em crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
Fonte: G1/RO
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